A Alma Imoral


Uma cenografia para um monólogo baseado em livro do rabino Nilton Bonder de reflexões que desconstroem e reconstroem conceitos milenares da história da civilização.
Um espetáculo que tem como base histórias do Velho Testamento, parábolas de sabedoria judaica, aproximando e correlacionando informações históricas e científicas atuais, buscando a consciência do diálogo das forças conservadoras com as forças transgressoras existentes em cada um de nós.
Criou-se então um espaço minimalista que não figurasse nenhum espaço ou tempo em particular, mas que se definide apenas por elementos seqüenciais verticais e linhas enfáticas desenhadas no plano horizontal do piso que sugerisse o espaço da reflexão como um instante da trajetória do ser humano em sua infinita trajetória.
Os elementos verticais, assim como as linhas traçadas no piso, como um instante na busca do homem direção ao superior, ao entendimento de si e do cosmo no qual se insere e pertence.
Lanternas trazem a presença ritualística do fogo como elemento de transformação e purificação, ou mesmo de consciência, usada pelo homem ao longo de sua infinita existência.No preto do desconhecido linhas brancas de consciência são traçadas infinitamente.
Fotos: Renata Mello